As Histórias de Migué
Passarim do Mistero Dourado
Grupo de Teatro Roda Moinho - Poster / Visual Identity
Sinopse:
Migué Passarim nasceu em Minas Gerais. Ninguém sabe ao certo sua idade. Conta-se a história que durante muitos anos ele trabalhou no vapor Benjamin Guimarães, no trecho Pirapora-Juazeiro da Bahia. E que por sua simpatia foi muito conhecido pelos passageiros e moradores da região.
No ano de 65, quando vinham de viagem de Pirapora até Juazeiro, ele desembarcou no porto da cidade de Pilão Arcado na Bahia e não voltou mais. Alguns dizem que Migué estava apaixonado por uma moça daquela cidade, outros dizem que ele tinha amalucado. Uns dizem que viram ele entrando pra caatinga, outros que ele tinha comprado um barco e ido morar numa ilha.
Foi quando a notícia da barragem se espalhou que Migué reapareceu pela região. Cabelo encaracolados, barba grande, sempre de branco, Migué, para alguns, tinha virado um santo, para outros, um louco.
Migué passava dia e noite no alto do cruzeiro do Pilão. Alguns diziam que ele falava sozinho, outros que conversava com os bichos. O que muitos não sabiam, só as crianças puderam saber, era que Migué Passarim tinha virado um contador de histórias. Tinha passado todos aqueles anos, caminhando pelas cidades, povoados, sítios da região ouvindo histórias, vendo as coisas e anotado e desenhado tudo em diversas cadernetas. Tinha medo que tudo aquilo, que era de uma beleza muito grande, fosse parar debaixo d’água e nunca mais ninguém pudesse ver e ouvir.
Quando todo o povo já tinha ido embora, alguns para a cidade nova, outros para bem longe e a água já vinha nos joelhos, Migué Passarim, dizem, embarcou no seu Mistero Dourado, uma canoa grande de motor e vela e desceu rio abaixo.
O povo já na cidade nova se perguntava cadê Migué Passarim, uns disseram ter visto ele e seu Mistero Dourado lá pras banda de Pão de Açúcar das Alagoas, outros que ele vivia debaixo de um pé de juazeiro rodeado de crianças e bichos sempre contando histórias.
Migué Passarim nasceu em Minas Gerais. Ninguém sabe ao certo sua idade. Conta-se a história que durante muitos anos ele trabalhou no vapor Benjamin Guimarães, no trecho Pirapora-Juazeiro da Bahia. E que por sua simpatia foi muito conhecido pelos passageiros e moradores da região.
No ano de 65, quando vinham de viagem de Pirapora até Juazeiro, ele desembarcou no porto da cidade de Pilão Arcado na Bahia e não voltou mais. Alguns dizem que Migué estava apaixonado por uma moça daquela cidade, outros dizem que ele tinha amalucado. Uns dizem que viram ele entrando pra caatinga, outros que ele tinha comprado um barco e ido morar numa ilha.
Foi quando a notícia da barragem se espalhou que Migué reapareceu pela região. Cabelo encaracolados, barba grande, sempre de branco, Migué, para alguns, tinha virado um santo, para outros, um louco.
Migué passava dia e noite no alto do cruzeiro do Pilão. Alguns diziam que ele falava sozinho, outros que conversava com os bichos. O que muitos não sabiam, só as crianças puderam saber, era que Migué Passarim tinha virado um contador de histórias. Tinha passado todos aqueles anos, caminhando pelas cidades, povoados, sítios da região ouvindo histórias, vendo as coisas e anotado e desenhado tudo em diversas cadernetas. Tinha medo que tudo aquilo, que era de uma beleza muito grande, fosse parar debaixo d’água e nunca mais ninguém pudesse ver e ouvir.
Quando todo o povo já tinha ido embora, alguns para a cidade nova, outros para bem longe e a água já vinha nos joelhos, Migué Passarim, dizem, embarcou no seu Mistero Dourado, uma canoa grande de motor e vela e desceu rio abaixo.
O povo já na cidade nova se perguntava cadê Migué Passarim, uns disseram ter visto ele e seu Mistero Dourado lá pras banda de Pão de Açúcar das Alagoas, outros que ele vivia debaixo de um pé de juazeiro rodeado de crianças e bichos sempre contando histórias.
Referências:
- Imagens do Vapor Benjamin Guimarães:
- Figurino de Migué Passarim:
Roughs:
Making Of:
